Decisão de Trump intensifica pressão sobre o governo de Nicolás Maduro e gera condenação internacional.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
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A Agência Central de Inteligência (CIA) foi autorizada pelo presidente Donald Trump a realizar ações secretas, incluindo operações letais, na Venezuela, intensificando a pressão contra Nicolás Maduro.
Estados Unidos intensificam suas operações contra o governo venezuelano. A Agência Central de Inteligência (CIA) recebeu autorização do presidente Donald Trump para executar ações secretas, incluindo iniciativas letais, na Venezuela, em uma medida confirmada na quarta-feira, 15 de outubro.
A decisão visa fortalecer a campanha de Washington contra Nicolás Maduro, que é acusado de liderar o Cartel de los Soles, uma organização recentemente classificada como terrorista internacional pelos norte-americanos. A estratégia contempla tanto operações isoladas quanto em conjunto com forças militares na região do Caribe, onde a presença americana tem sido notavelmente reforçada.
A escalada de tensões entre os dois países se acentuou nos últimos meses. Em agosto, o governo norte-americano anunciou o deslocamento de navios e aeronaves militares para águas próximas à costa venezuelana. No mesmo período, o Departamento de Justiça ofereceu uma recompensa de R$ 50 milhões por informações que pudessem levar à captura de Maduro.
Ataques a embarcações suspeitas de tráfico de drogas, que resultaram na morte de 27 pessoas, foram reportados. A Casa Branca, em conversas privadas, expressou o objetivo final de destituir o líder venezuelano do poder. Atualmente, cerca de 10 mil soldados dos EUA estão mobilizados na área, incluindo em Porto Rico e com uma frota naval no Caribe.
A autorização presidencial concedida à CIA é um documento de alta confidencialidade, conferindo amplos poderes para operações secretas. Embora membros do Congresso sejam geralmente informados, a divulgação de detalhes é restrita. Marco Rubio, secretário de Estado e conselheiro de segurança nacional, desempenha um papel central na formulação da estratégia para a remoção de Maduro, a quem o governo americano rotula de “narcoterrorista”.
As operações no Caribe venezuelano se intensificaram desde setembro, com bombardeios a embarcações. O mais recente incidente ocorreu na terça-feira, 14 de outubro, quando um barco foi atacado em águas internacionais, próximo à costa da Venezuela. Segundo o presidente Trump, seis indivíduos morreram no ataque, informação que ele próprio divulgou em sua rede social.
Este foi o quinto ataque registrado pelas forças americanas contra embarcações na região do Mar do Caribe desde agosto. As ações têm gerado fortes críticas no cenário internacional. A China, na quarta-feira, 15 de outubro, condenou publicamente a operação militar, acusando os Estados Unidos de excederem os limites da legalidade e de interferirem nos assuntos internos da América Latina.
A Human Rights Watch, por sua vez, classificou os bombardeios como “execuções extrajudiciais ilegais”. Em resposta, o governo venezuelano solicitou uma investigação da comunidade internacional sobre os ataques, argumentando que as vítimas eram pescadores e não narcotraficantes. Caracas também anunciou uma nova mobilização militar em duas áreas costeiras do norte e está considerando decretar um estado de emergência externa, que concederia poderes especiais a Maduro.