Vítima, de 22 anos, estava em cárcere privado por dívida de R$ 500 e tinha prazo para execução
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Autoridades policiais impediram a execução de um homem de 22 anos em Campo Grande, na noite de terça-feira (14), que estava sob o domínio de criminosos ligados ao PCC.
Autoridades policiais impediram a execução de um homem de 22 anos em Campo Grande, na noite de terça-feira (14), que estava sob o domínio de criminosos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) em uma residência no Bairro Jardim Monumento. A intervenção ocorreu após denúncias indicarem que a vítima era mantida em cárcere privado, com mãos e pés amarrados, e sofria agressões.
A Polícia Militar foi acionada por testemunhas que relataram gritos de socorro vindos de uma ‘boca de fumo’ na Rua Osvaldo Aranha. Ao adentrar o imóvel, os militares encontraram um rapaz na varanda e, em um dos quartos, a vítima deitada em uma cama, com os membros imobilizados por fios de carregador de celular e cadarços. O homem resgatado apresentava escoriações leves pelo corpo.
Segundo o relato da vítima, ele era usuário e atuava na venda de drogas para o proprietário da ‘boca de fumo’. Sua situação de cárcere e ameaça de morte decorria de uma dívida de R$ 500, referente a crack que havia sido furtado por outros usuários uma semana antes. Por conta desse prejuízo, o homem ficou devendo ao chefe do local e ao PCC. Na noite anterior ao resgate, ele foi agredido com um pedaço de madeira e, em seguida, levado para o cativeiro.
Durante as agressões e o período de cativeiro, o chefe da ‘boca de fumo’ teria contatado os familiares do rapaz, exigindo o pagamento da dívida. A ameaça era clara: caso o valor não fosse quitado até as 17h da quarta-feira (15), ele seria executado após um ‘julgamento’ pelo Tribunal do Crime do PCC. O outro rapaz encontrado no sofá, que cuidava da vítima no imóvel, foi detido e receberia drogas como pagamento. O caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Cepol como lesão corporal dolosa, ameaça, sequestro e cárcere privado.