Mercado brasileiro sente o peso de tensões externas e comentários do Federal Reserve

Ibovespa e taxas de DI reagem a cenário geopolítico e falas de Jerome Powell, enquanto Helbor divulga resultados e pesquisa Datafolha aborda exploração de petróleo.

O mercado financeiro nacional reagiu nesta terça-feira, 14 de outubro de 2025, às tensões entre Estados Unidos e China, impactando o Ibovespa, e aos comentários do Federal Reserve.

Preocupações com as relações comerciais entre Estados Unidos e China impactaram o desempenho da Bolsa de Valores de São Paulo nesta terça-feira, 14 de outubro de 2025. O Ibovespa, principal índice acionário do Brasil, encerrou o dia com uma leve queda, refletindo a cautela dos investidores diante do cenário geopolítico. O índice registrou uma variação de 0,07% em baixa, finalizando o pregão em 141.682,99 pontos, após oscilar entre patamares mínimos e máximos ao longo do dia.

Simultaneamente, o mercado de juros futuros também registrou movimentações. As taxas dos DIs fecharam em leve baixa no mesmo dia, acompanhando a desvalorização do dólar frente ao real. Essa dinâmica foi influenciada diretamente por declarações do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, durante um evento nos Estados Unidos, que reverberaram no câmbio e nas expectativas de juros no cenário doméstico. A taxa do DI para janeiro de 2028, por exemplo, marcou 13,385%, apresentando uma redução de 3 pontos-base em relação ao fechamento anterior.

Em um panorama corporativo distinto, a incorporadora residencial Helbor divulgou nesta terça-feira sua prévia operacional, indicando vendas brutas totais de R$478,8 milhões. Esse montante representa um recuo de 3,1% em comparação com o ano anterior, embora a companhia tenha lançado três novos empreendimentos no período, com um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$496,6 milhões.

Além das notícias do mercado financeiro e corporativo, uma investigação jornalística do instituto Datafolha, encomendada por uma organização de responsabilização corporativa, revelou a percepção da maioria dos brasileiros sobre a exploração de petróleo. O levantamento apontou que grande parte da população avalia que as autoridades deveriam proibir a exploração na Bacia da Foz do Amazonas, uma área que apresenta desafios socioambientais, mas com significativo potencial petrolífero.