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CGU investiga venda de veículos e desvio de verbas do orçamento secreto em Vicentina, MS

A Controladoria-Geral da União (CGU) apertou o cerco contra a má utilização de recursos federais em prefeituras, com foco em Vicentina, MS, após venda suspeita [...]

Determinação do ministro Flávio Dino do STF motivou auditoria que encontrou irregularidades na gestão anterior

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A CGU investiga a gestão anterior de Vicentina, MS, do ex-prefeito Marcos Bennetti, por suspeitas de desvio de verbas do "orçamento secreto" após a venda de cinco veículos Kwid adquiridos para transporte de pacientes. A auditoria, motivada por determinação do ministro Flávio Dino do STF, apura a alienação dos veículos, comprados por R$ 63,9 mil cada e leiloados por R$ 30 mil, e a falta de justificativa para a venda. O atual prefeito, Cleber Dias da Silva, busca documentação para esclarecer o destino do dinheiro, que não consta no balanço da gestão anterior, enquanto a CGU notificou o município sobre as irregularidades. A investigação faz parte de um esforço maior da CGU para fiscalizar o uso de mais de R$ 20 bilhões enviados a municípios desde 2020 através do "orçamento secreto".

A Controladoria-Geral da União (CGU) apertou o cerco contra a má utilização de recursos federais em prefeituras, com foco em Vicentina, MS, após venda suspeita de veículos.

A Controladoria-Geral da União (CGU) apertou o cerco contra a má utilização de recursos federais em prefeituras de Mato Grosso do Sul e outras unidades da federação, com destaque para a cidade de Vicentina, onde a venda de veículos adquiridos com verbas do extinto “orçamento secreto” levantou suspeitas em 21 de maio de 2024.

A ação da CGU ocorre por determinação do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que desde o ano passado intensificou a fiscalização sobre o destino de mais de R$ 20 bilhões enviados a municípios desde 2020 através dessa modalidade. Em Vicentina, a investigação da CGU focou no ex-prefeito Marcos Bennetti, conhecido como Marquinhos do Dedé, cuja gestão leiloou cinco veículos Kwid, seminovos, que tinham sido comprados com verbas federais.

Os automóveis, modelos 2022/2023, foram adquiridos inicialmente com recursos do “orçamento secreto”, uma modalidade extinta em 2022 devido à falta de transparência. A finalidade era o transporte de pacientes da zona rural para unidades de saúde na área urbana. Conforme as notas fiscais, cada veículo custou R$ 63,9 mil, mas foi vendido por apenas R$ 30 mil no leilão.

Auditores da CGU visitaram a cidade no final do ano passado para verificar a aplicação dos recursos. Ao chegarem, foram informados da venda dos veículos. Confrontada, a prefeitura não apresentou justificativas para a alienação dos bens, tampouco a documentação que embasasse o leilão, o que gerou um alerta para as autoridades. O dinheiro arrecadado com o pregão não foi devidamente contabilizado ou justificado.

Neste ano, a CGU retomou as cobranças e o atual prefeito de Vicentina, Cleber Dias da Silva, que assumiu em 1º de janeiro, está empenhado em levantar a documentação necessária para esclarecer o destino do dinheiro. Ele relatou à reportagem que a antiga gestão não deixou informações sobre o leilão e que o valor não apareceu no balanço do ex-prefeito. Dias da Silva expressou estranhamento com a venda de carros tão novos, destinados à saúde, para finalidades distintas de sua reposição ou investimento na mesma área. A CGU já notificou o município sobre as irregularidades, e a gestão atual busca sanar as pendências.

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