Acordo foi selado em cúpula com chefes de estado, mas sem a presença de Israel e Hamas; reféns foram libertados horas antes.
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Líderes globais assinaram um acordo de cessar-fogo para a Faixa de Gaza nesta segunda-feira, 13 de outubro de 2025, no Egito. As partes em conflito, Israel e Hamas, não estiveram presentes.
Líderes de diversas nações oficializaram um pacto de cessar-fogo para a Faixa de Gaza nesta segunda-feira, 13 de outubro de 2025, durante uma cúpula realizada na cidade egípcia de Sharm El-Sheik. O acordo, que visa interromper o conflito na região, foi selado em um evento que, notavelmente, não contou com a presença dos representantes de Israel e do grupo Hamas, as duas partes diretamente envolvidas na disputa.
A assinatura do documento ocorreu horas após o Hamas ter libertado os 20 últimos reféns israelenses que ainda estavam sob seu poder em Gaza. Esta etapa crucial segue um plano que já havia visto a libertação de outros reféns ao longo de acordos anteriores, desde o sequestro inicial de 251 pessoas em 7 de outubro de 2023. Em contrapartida, as autoridades israelenses iniciaram a liberação de cerca de 2 mil prisioneiros palestinos, dos quais 250 haviam sido condenados à prisão perpétua por delitos contra o Estado.
A proposta de cessar-fogo foi inicialmente sugerida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que participou da cúpula no Egito ao lado de mais de 20 chefes de estado, incluindo o emir do Catar e os presidentes da Turquia, Autoridade Palestina e Egito. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por sua vez, optou por não comparecer ao evento, alegando que a data coincidia com um feriado judaico. Antes da cúpula, Trump havia discursado no Parlamento israelense, declarando o fim da “era do terror” no Oriente Médio.
Apesar da formalização do cessar-fogo e do recuo das forças israelenses, que reduziram a área de ocupação em Gaza de 75% para 53%, diversos detalhes cruciais do plano permanecem indefinidos. Questões como o desarmamento do Hamas e a transição de governo na Faixa de Gaza são pontos de forte divergência. O grupo, por exemplo, manifestou-se contra a entrega de suas armas e a aceitação de qualquer tutela estrangeira na governança do território, o que aponta para desafios significativos na implementação das próximas fases do acordo.