PUBLICIDADE

Violência sexual: brasileiros a apontam como principal violação contra meninas, revela estudo

Uma pesquisa recente aponta que a violência sexual é a violação mais destacada pela população brasileira contra meninas, com 87% das menções. [...]

Pesquisa inédita mostra que 87% da população destaca esse tipo de abuso, enquanto a internet é vista como ambiente de maior risco, contrastando com dados sobre violências domésticas.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Resumo rápido gerado automaticamente

Uma pesquisa do Instituto QualiBest, encomendada pela Plan Brasil, revela que 87% dos brasileiros consideram a violência sexual a principal violação contra meninas. O levantamento aponta que a internet é vista como o ambiente de maior risco (92%), embora especialistas destaquem que a violência doméstica, cometida por conhecidos, seja mais frequente. A pesquisa ouviu 824 pessoas e revelou que 60% acreditam que meninas estão mais vulneráveis hoje do que há dez anos.

Uma pesquisa recente aponta que a violência sexual é a violação mais destacada pela população brasileira contra meninas, com 87% das menções.

População brasileira destaca a violência sexual como a principal violação contra meninas, conforme pesquisa divulgada neste sábado (11), por ocasião do Dia Internacional da Menina. O levantamento “Percepções sobre violência e vulnerabilidade de meninas no Brasil”, realizado pelo Instituto QualiBest a pedido da Plan Brasil, indicou que 87% dos participantes apontam esse tipo de abuso, e 43% o consideram o mais comum no país.

Além da violência sexual, o questionário aplicado citou outras formas de agressão, como a física, a psicológica/emocional e a online, que abrange cyberbullying, assédio e exposição indevida de imagens na internet. A gravidez na adolescência, que pode ser uma consequência de estupro, também foi um ponto de destaque para 56% dos entrevistados. Um total expressivo de 90% da amostra percebe a adultização de meninas como uma forma de violência. Curiosamente, outras violações importantes, como a falta de acesso à educação (36%), o casamento infantil (43%), o trabalho infantil (46%) e a negligência (48%), receberam menos menções. A pesquisa ouviu 824 pessoas de diversas classes sociais e regiões do Brasil, sendo 433 mulheres e 381 homens.

A sensação de que meninas estão “muito mais vulneráveis” atualmente do que há uma década é compartilhada por 60% dos entrevistados, um número que sobe para 69% entre pais e mães. A internet e as redes sociais são vistas por 92% da população como fatores que aumentam essa vulnerabilidade. Além disso, mais da metade (51%) dos participantes afirmou que seus filhos e filhas menores de 18 anos possuem perfis nessas plataformas, com Instagram (80%), WhatsApp (75%) e TikTok (57%) liderando o uso. A prática de publicar fotos de crianças e adolescentes também é comum, com 74% dos entrevistados admitindo fazê-lo. No entanto, 92% dos participantes são a favor da responsabilização de adultos que tiram proveito financeiro ou colocam meninas em risco no ambiente online.

Apesar da ampla percepção de que a internet é o ambiente mais perigoso para meninas (83% dos entrevistados), autoridades e especialistas apontam uma controvérsia. Estatísticas frequentemente revelam que a maior parte das violências de gênero ocorre dentro das residências, perpetradas por pessoas conhecidas da vítima, como familiares ou parceiros. Juliana Cunha, diretora da SaferNet Brasil, esclarece que essa disparidade se deve a

Leia mais

Rolar para cima