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Fome atinge mais lares chefiados por pretos e pardos, diz IBGE

Levantamento do IBGE mostra que a insegurança alimentar grave atinge mais lares chefiados por pretos e pardos do que por brancos. Mulheres também são mais [...]

Pesquisa do IBGE revela que insegurança alimentar grave é mais presente em domicílios liderados por pessoas pretas ou pardas.

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Pesquisa do IBGE divulgada nesta sexta-feira (10) aponta que a insegurança alimentar grave atinge de forma desproporcional lares chefiados por pessoas pretas e pardas, representando 73,8% dos 2,5 milhões de domicílios nessa condição no Brasil em 2024. O levantamento revela ainda que a desigualdade de gênero é um fator relevante, com mulheres chefes de família representando 57,6% dos lares em insegurança alimentar grave. A pesquisadora do IBGE, Maria Lucia Vieira, destaca a vulnerabilidade de pretos, pardos e mulheres devido aos baixos rendimentos, já que a maioria dos lares com insegurança alimentar tem renda mensal de até um salário mínimo por pessoa. A pesquisa também aponta que crianças e adolescentes são mais vulneráveis à insegurança alimentar grave, especialmente nas regiões Norte e Nordeste.

Levantamento do IBGE mostra que a insegurança alimentar grave atinge mais lares chefiados por pretos e pardos do que por brancos. Mulheres também são mais afetadas.

A insegurança alimentar grave atinge de forma mais intensa os lares brasileiros chefiados por pessoas pretas ou pardas, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a pesquisa, essa constatação evidencia a desigualdade racial e de gênero no acesso à alimentação no país.

Em 2024, cerca de 1,4 milhão de lares chefiados por pessoas pardas e 424 mil chefiados por pessoas pretas representavam aproximadamente 73,8% do total de 2,5 milhões de domicílios em condição de insegurança alimentar grave no Brasil. A pesquisadora do IBGE, Maria Lucia Vieira, destaca que os dados refletem a vulnerabilidade de pretos, pardos e mulheres em termos de rendimentos, já que 71,9% dos domicílios com insegurança alimentar grave ou moderada têm rendimento mensal por pessoa de até um salário mínimo.

A pesquisa do IBGE também revela desigualdade de gênero na presença da fome. As mulheres chefiam 51,8% dos lares brasileiros, mas representam 57,6% dos domicílios em condição de insegurança alimentar grave. Ao agrupar todas as formas de insegurança alimentar (leve, moderada e grave), o percentual sobe para 59,9%, indicando que seis em cada dez lares chefiados por mulheres enfrentam algum tipo de restrição alimentar.

O levantamento do IBGE também analisou a insegurança alimentar por faixa etária. A população jovem, especialmente crianças e adolescentes, enfrenta maior insegurança alimentar grave. No grupo até 4 anos de idade, 3,3% moravam em domicílios que vivenciaram a fome, enquanto entre 5 e 17 anos, o percentual aumenta para 3,8%. A pesquisadora Maria Lucia Vieira explica que a maior vulnerabilidade das crianças pode estar relacionada ao fato de as regiões Norte e Nordeste terem os menores índices de segurança alimentar e taxas de fecundidade mais elevadas.

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