Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima ressaltou a importância de remunerar países pela conservação das florestas tropicais durante a Conferência do Clima das Nações Unidas.
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A ministra Marina Silva defende a criação de um fundo para remunerar países pela conservação de florestas tropicais, visando a COP30 em Belém.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, defendeu, nesta quinta-feira (9), a criação do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, a ser lançado durante a COP30, que ocorrerá a partir de 10 de novembro em Belém (PA). A iniciativa, conforme a ministra, busca remunerar financeiramente nações que preservam suas florestas tropicais.
O Brasil lidera a proposta, que reserva 20% dos recursos a povos indígenas e comunidades tradicionais. Marina Silva explicou que o fundo pretende auxiliar os 71 países detentores de florestas tropicais, permitindo que mantenham suas florestas protegidas. Segundo ela, os países que evitam o desmatamento prestam um serviço essencial ao equilíbrio ambiental global.
O Fundo Floresta Tropical para Sempre, segundo a ministra, utiliza a lógica de mercado, captando recursos de países desenvolvidos e investidores privados. A ideia é obter recursos a juros baixos e utilizar o diferencial dos rendimentos para remunerar os países que mantêm suas florestas tropicais intactas. A meta inicial é levantar cerca de US$ 25 bilhões junto a governos, com potencial para ultrapassar os US$ 100 bilhões com a entrada do setor privado.
Marina Silva ressaltou que os países beneficiados deverão se comprometer a preservar suas florestas por três décadas, comprovando a preservação por meio de sistemas de monitoramento via satélite. Ela destacou que o Brasil possui expertise em monitoramento, alcançando uma redução de 46% no desmatamento na Amazônia e de 32% em todo o país nos últimos dois anos e meio. A ministra também mencionou a necessidade de adaptações para proteger a população das mudanças climáticas, como a criação de espaços seguros e a climatização de escolas.