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Possível Encontro Lula-Trump na ONU Traz Tensão em Meio a Crise Bilateral

A Assembleia Geral da ONU de 2025, que se inicia em Nova York, pode testemunhar o primeiro encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da [...]

A Assembleia Geral da ONU de 2025, que se inicia em Nova York, pode testemunhar o primeiro encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump como chefes de Estado, em um contexto de crescente tensão entre Brasil e Estados Unidos. A possibilidade surge em meio à implementação de tarifas de 50% impostas por Washington sobre produtos brasileiros.

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A Assembleia Geral da ONU em Nova York, em 2025, pode ser palco do primeiro encontro entre Lula e Trump como presidentes, em um momento de tensão bilateral devido às tarifas de 50% impostas pelos EUA a produtos brasileiros. Apesar de não haver reunião formal agendada, existe a possibilidade de um breve contato entre os líderes antes ou depois de seus discursos. A escalada de tensões inclui críticas de Trump ao processo contra Bolsonaro e a imposição de restrições de vistos a ministros do STF, com Lula respondendo em defesa da democracia brasileira e prometendo retaliar as tarifas. Observadores internacionais acompanharão a presença dos dois líderes na ONU em busca de sinais de diálogo, embora especialistas prevejam apenas um contato formal e discursos voltados para o público interno.

Embora não haja uma reunião bilateral confirmada, fontes próximas à delegação brasileira indicam a existência de uma antessala para os presidentes antes e depois dos discursos na sessão plenária. Tradicionalmente, o Brasil abre os discursos na Assembleia Geral.

Em declarações anteriores, Lula expressou não ter “problema pessoal” com Trump e afirmou que o cumprimentaria caso se cruzassem nas dependências da ONU. “Eu sou um cidadão civilizado. Eu converso com todo mundo, eu estendo a mão para todo mundo”, disse o presidente.

Apesar da ausência de planos para um encontro formal, um assessor especial da Presidência ressaltou que “nada é imutável” caso surjam gestos que justifiquem uma reunião. Uma expectativa anterior de encontro entre Lula e Trump em junho, durante a cúpula do G7 no Canadá, não se concretizou devido à partida antecipada do presidente americano.

A escalada de desentendimentos teve início com a classificação de Trump das acusações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro como uma “caça às bruxas”, seguida do anúncio da sobretaxa de 50% sobre importações brasileiras. Lula reagiu à medida chamando-a de “chantagem inaceitável” e prometendo retaliar. Em resposta, o governo brasileiro regulamentou a Lei de Reciprocidade, estabelecendo mecanismos de resposta a sanções estrangeiras.

Em vigor desde o início de agosto, as tarifas norte-americanas foram acompanhadas pela condenação de Bolsonaro pelo STF, reacendendo a disputa. Trump criticou o julgamento, anunciou restrições de vistos a ministros da Corte, e Lula defendeu a democracia brasileira em um artigo publicado em um americano. No texto, Lula criticou as tarifas impostas por Washington e rebateu a ideia de perseguição política no Brasil.

A presença dos dois líderes na ONU deve ser acompanhada de perto por diplomatas e observadores internacionais, buscando sinais de disposição para frear a escalada de atritos entre Brasília e Washington. Especialistas consideram improvável um esforço real de diálogo na Assembleia Geral, dada a firmeza das posições de ambos os lados. Segundo eles, qualquer contato entre os líderes será meramente formal, possivelmente limitado a um cumprimento rápido antes dos discursos. A expectativa é que ambos os presidentes usem seus discursos para se dirigirem principalmente aos seus eleitores domésticos.

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