A Justiça dos Estados Unidos negou, nesta sexta-feira, o processo movido por Donald Trump contra o The New York Times. A ação pedia uma indenização de US$ 15 bilhões, alegando difamação em reportagens que abordavam as finanças de Trump e sua participação no programa de televisão “O Aprendiz”.
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O juiz Steven Merryday, da Flórida, responsável pelo caso, justificou a rejeição afirmando que o processo era excessivamente longo e continha linguagem “tediosa e onerosa” sem relação com o mérito da questão. Segundo o juiz, a ação de Trump configurava uma tentativa de usar o sistema judicial como um “megafone”.
“Uma denúncia não é um megafone para relações públicas ou um pódio para um discurso apaixonado em um comício político”, declarou o juiz em sua decisão.
O magistrado concedeu aos advogados de Trump um prazo de 28 dias para apresentar uma nova denúncia, caso desejem, com uma linguagem concisa e limitada a 40 páginas.
A ação movida por Trump mencionava um livro e um artigo de autoria dos jornalistas Russ Buettner e Susanne Craig, do The New York Times, que investigavam as finanças de Trump e seu papel como protagonista do reality show “O Aprendiz” antes de sua ascensão à presidência dos Estados Unidos.
No processo, Trump alegava que os jornalistas “propagaram maliciosamente a narrativa isenta de fatos” de que o produtor de televisão Mark Burnett o transformou em uma celebridade. A defesa de Trump argumentava que, antes das publicações, o ex-presidente já era amplamente conhecido e bem-sucedido no mundo dos negócios.
Adicionalmente, Trump citou um artigo do jornalista Peter Baker, publicado em outubro do ano anterior, intitulado “Para Trump, uma vida inteira de escândalos caminha para um momento de julgamento”.
