Um ataque israelense contra líderes do Hamas em Doha, capital do Catar, deflagrou uma onda de condenações internacionais. O diretor-geral da ONU, António Guterres, classificou a ação como uma “violação da soberania territorial flagrante”. O governo israelense confirmou a realização do ataque, alegando que membros da alta cúpula do Hamas foram alvejados com armas de alta precisão em uma operação conjunta da de inteligência Shin Bet e da Força Aérea israelense.
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O Catar reagiu com veemência, denunciando o ataque como um “ato covarde de Israel” e também acusando o país de violar leis internacionais. Em resposta, o governo catariano anunciou a suspensão de seu papel na mediação das negociações de paz entre Israel e Hamas.
A Arábia Saudita condenou o ataque, classificando-o como “brutal” e alertando sobre “graves consequências” caso Israel continue com as “violações criminosas”. O Irã também criticou a ofensiva, considerando-a uma violação das leis internacionais. O Papa Leão XIV expressou preocupação, afirmando que “a situação inteira é muito séria”. A Turquia também se juntou ao coro de críticas, condenando o ataque israelense.
Segundo a imprensa israelense, Khalil Al-Hayya, um dos principais negociadores nas tentativas de acordo de paz com Israel, era um dos alvos. No entanto, até o momento, não há confirmação oficial sobre se ele foi atingido. Fontes do Hamas informaram que a delegação do grupo responsável pelas negociações de paz estava em Doha no momento do ataque, mas não foi alvo.
Israel declarou ter avisado previamente os Estados Unidos sobre o ataque, e o canal I24 noticiou que o governo de Donald Trump teria dado sinal verde para a ofensiva. A Embaixada dos EUA no Catar emitiu um alerta para que seus cidadãos no país buscassem abrigo. Contudo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a ofensiva foi planejada e executada exclusivamente por Israel, que assume “total responsabilidade” pelo ataque.
Um membro da alta cúpula do Hamas relatou que o ataque ocorreu durante uma reunião do grupo em Doha, mas não forneceu informações sobre vítimas. Até a última atualização, não havia relatos de vítimas ou danos. O porta-voz do Exército israelense afirmou que foram tomadas medidas para minimizar os danos a civis não envolvidos, incluindo o uso de munições de precisão e inteligência adicional. Imagens nas redes sociais mostram explosões e fumaça sobre Doha.