Vladimir Putin, presidente da Rússia, e Kim Jong-un, líder da Coreia do Norte, participarão de um desfile militar em Pequim na próxima quarta-feira (3). O anúncio foi feito nesta quinta-feira (28) pelo governo chinês.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Resumo rápido gerado automaticamente
O evento, que marca o 80º aniversário da rendição do Japão na Segunda Guerra Mundial e o fim da ocupação em território chinês, contará com a presença de 24 chefes de Estado e de governo estrangeiros. O Ministro Assistente das Relações Exteriores, Hong Lei, confirmou a participação dos líderes russo e norte-coreano em coletiva de imprensa.
Além de Putin e Kim, o desfile também terá a presença confirmada do presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, e do chefe da junta de Mianmar, Min Aung Hlaing. A ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, atual líder do Novo Banco de Desenvolvimento, o Banco do Brics, também é esperada no evento, embora sua assessoria ainda não tenha confirmado a participação.
A presença de poucos líderes ocidentais é notável. Entre os confirmados estão Robert Fico, primeiro-ministro da Eslováquia, membro da União Europeia, e o presidente da Sérvia, Aleksander Vucic. Fico tem expressado oposição às sanções contra a Rússia devido ao conflito na Ucrânia e gerou controvérsia ao visitar Moscou. Vucic, que também visitou Moscou em maio, busca manter boas relações com Rússia e China, apesar de afirmar o compromisso da Sérvia em aderir à União Europeia.
Especialistas apontam que o objetivo do presidente chinês, Xi Jinping, é demonstrar sua influência sobre nações que buscam remodelar a ordem global dominada pelo Ocidente. Analistas sugerem que a presença de figuras como Putin e Kim reforça a posição de Xi Jinping como líder global e destaca o papel da China no cenário internacional, em busca de ampliar sua influência e consolidar-se como um parceiro comercial confiável. Alguns observadores caracterizam esse grupo de países como um “Eixo da Turbulência,” buscando minar a influência dos EUA.