O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizou a possibilidade de intervenção federal em Chicago, Nova York e San Francisco, todas cidades administradas por adversários políticos. A declaração foi feita após um pronunciamento no Salão Oval da Casa Branca nesta sexta-feira (22).
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Trump mencionou que Chicago “provavelmente, será a próxima cidade que tornaremos segura. Então ajudaremos com Nova York” e acrescentou “Podemos fazer uma limpa em San Francisco também”. O presidente não especificou quando essas intervenções ocorreriam.
A declaração ocorre em meio à federalização da segurança em Washington D.C., iniciada em meados de agosto por ordem de Trump. O presidente justificou a medida na capital alegando que “o crime está fora de controle”, com uma taxa de homicídios, segundo ele, maior do que em alguns dos piores lugares do mundo.
Apesar dos problemas de violência armada e criminalidade, dados de segurança pública dos EUA indicam que o crime em geral em Washington D.C. atingiu em 2024 o menor nível dos últimos 30 anos, e o crime violento caiu 26% entre 2023 e 2024, conforme o Departamento de Polícia local.
Cerca de 800 membros da Guarda Nacional foram designados à capital. A Guarda Nacional é uma força híbrida vinculada ao Exército dos EUA, com função estadual e federal.
A intervenção federal em Washington D.C. tem previsão inicial de 30 dias, mas Trump já mencionou a possibilidade de estender a operação. Autoridades locais, como a prefeita Muriel Bowser e o procurador-geral Brian Schwalb, criticaram a medida, classificando-a como “alarmante, sem precedentes, desnecessária e ilegal”.
