Após um encontro entre líderes dos Estados Unidos, Ucrânia e Europa, a Rússia sinalizou abertura para um diálogo entre os presidentes Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin. O chanceler russo, Sergei Lavrov, afirmou que a Rússia está aberta a “qualquer formato” para discutir o processo de paz na Ucrânia.
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O anúncio surge após o presidente americano, Donald Trump, ter conversado por telefone com Putin e revelado seus planos de mediar uma reunião trilateral entre os líderes russo, ucraniano e ele próprio. A data e o local do possível encontro ainda estão indefinidos.
Yuri Ushakov, assessor do Kremlin, classificou a ligação de Trump como “franca e construtiva”, mas se referiu ao encontro como uma “ideia” a ser explorada.
O otimismo de Trump em relação ao fim do conflito contrasta com a postura de Zelensky e dos líderes europeus, que enfatizaram a necessidade de garantias robustas contra futuras investidas russas na Ucrânia. Apesar das divergências, todos os participantes consideraram as discussões proveitosas.
Zelensky revelou ter discutido questões territoriais com Trump, e que detalhes sobre as garantias de segurança oferecidas pelos EUA à Ucrânia serão definidos em breve. Ele também reafirmou sua disponibilidade para se encontrar com Putin, sem exigências prévias.
Durante o encontro na Casa Branca, os líderes europeus pressionaram Trump por garantias de segurança mais amplas para a Ucrânia, enfatizando que a estabilidade do país é crucial para a segurança de todo o continente europeu. Estiveram presentes Emmanuel Macron (França), Keir Starmer (Reino Unido), Friedrich Merz (Alemanha), Ursula von der Leyen (Comissão Europeia), Mark Rutte (Otan), Giorgia Meloni (Itália) e Alexander Stubb (Finlândia).
Enquanto Trump manifestou sua crença na busca pela paz por parte de Putin, Macron e Stubb expressaram ceticismo em relação à confiabilidade do líder russo. Trump pretende consultar Putin novamente após aparar as arestas com os aliados europeus. O presidente americano espera que a reunião trilateral aconteça em breve, com a possibilidade de ocorrer ainda em agosto.
Trump assegurou a Zelensky que os EUA estão prontos para oferecer garantias de segurança à Ucrânia. Segundo informações, Putin concordou que, em caso de cessar-fogo, os EUA e aliados europeus poderiam proteger a Ucrânia em um formato semelhante ao Artigo 5 da Otan.
Macron e Merz defenderam um cessar-fogo imediato, com o presidente francês ressaltando a importância de incluir líderes europeus na cúpula tripartite. Meloni destacou a necessidade de garantir que a invasão russa não se repita, como condição para a paz.
O encontro na Casa Branca ocorreu após uma reunião entre Trump e Putin no Alasca, a primeira vez em quase dez anos que Putin pisou em solo americano. Os termos da discussão não foram divulgados, mas especula-se que Moscou apresentou uma proposta de paz em troca do reconhecimento dos territórios ocupados da Ucrânia como pertencentes à Rússia.