A Espanha enfrenta sua terceira semana consecutiva em estado de alerta devido a uma intensa onda de calor, com persistentes incêndios florestais, principalmente nas regiões noroeste e oeste do país. O Exército foi mobilizado para auxiliar no combate às chamas, que afetam principalmente as regiões de Castela e Leão, Galícia, Astúrias e Extremadura.
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O primeiro-ministro Pedro Sánchez participou de uma reunião de coordenação para avaliar a situação dos incêndios. Ele informou a chegada de dois aviões Canadair italianos, fornecidos pelo Mecanismo Europeu de Proteção Civil, para reforçar o combate aéreo. “O governo continua trabalhando para combater o fogo com todos os meios à sua disposição”, declarou Sánchez, enquanto a gestão dos incêndios intensifica o debate político.
A situação causou o bloqueio de cerca de dez rodovias e da linha ferroviária entre Madri e Galícia. Os serviços de emergência na Galícia enviaram alertas para celulares, orientando a população de diversas localidades a permanecer em suas casas, evitando deslocamentos desnecessários e buscando abrigo caso estivessem ao ar livre.
A Unidade Militar de Emergência (UME), com cerca de 3.500 militares, foi acionada para atuar nas áreas mais críticas. A região de Castela e Leão solicitou ao governo central reforços adicionais do Exército, devido à “situação excepcional causada pelas condições meteorológicas extremas e pela multiplicação dos incêndios”. A Extremadura também fez um pedido oficial de reforços ao governo central.
A região também solicitou a reativação do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, pedindo 100 caminhões de bombeiros, 10 helicópteros leves e 10 helicópteros anfíbios.
A Espanha deve permanecer em alerta por conta do calor até segunda-feira, com temperaturas extremas elevando significativamente o risco de novos incêndios. A fumaça dos incêndios florestais na Espanha e em Portugal chegou ao Reino Unido, causando céu enevoado em algumas regiões. Desde o início do ano, mais de 157 mil hectares foram consumidos pelas chamas na Espanha.