O ex-presidente Jair Bolsonaro foi submetido a exames médicos em um hospital neste sábado, após quase duas semanas em prisão domiciliar. Admitido na manhã de hoje, Bolsonaro passou por uma bateria de testes que revelaram a persistência de esofagite e gastrite.
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Esta foi a primeira vez que o ex-presidente deixou sua residência desde que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou sua prisão domiciliar no dia 4 de agosto. A autorização para a ida ao hospital foi concedida por Moraes após solicitação da defesa de Bolsonaro. Médicos também foram autorizados a visitá-lo na última semana.
O boletim médico indicou que a internação se deu para investigar um quadro recente de febre, tosse, refluxo gastroesofágico persistente e soluços. Exames laboratoriais e de imagem identificaram duas infecções pulmonares recentes, possivelmente relacionadas a episódios de broncoaspiração, um fenômeno que ocorre quando alimentos ou líquidos entram nas vias aéreas em vez do esôfago e estômago.
Bolsonaro deverá manter o tratamento para hipertensão arterial e refluxo, além de adotar medidas preventivas contra a broncoaspiração. A endoscopia evidenciou a continuidade da esofagite e gastrite, embora com menor intensidade. Os médicos recomendaram tratamento medicamentoso contínuo.
Desde a facada sofrida durante a campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro passou por sete cirurgias e foi internado em mais de dez ocasiões, enfrentando diversos problemas de saúde. Atualmente, ele cumpre prisão domiciliar por descumprir a ordem do STF de não utilizar redes sociais, inclusive por meio de terceiros.
Na mesma decisão que autorizou a ida ao hospital, Moraes liberou visitas ao ex-presidente de algumas figuras políticas.