Câmeras da Discórdia: Vizinhos em Guerra por Espionagem em Campo Grande

Uma disputa acalorada entre vizinhos em Campo Grande, na Rua Rosa dos Ventos, no Bairro Jardim Aero Rancho, ganhou novos contornos com acusações de perseguição, agressão e vigilância constante. A rixa, que se arrasta há mais de dois anos, envolve uma idosa de 61 anos e uma família que reside nas proximidades.

A alegação central da família é que a idosa os persegue incessantemente, reclamando até dos menores ruídos. Segundo a moradora, a situação se tornou insustentável desde que se mudaram para a área, no Dia das Mães de 2023. “Minha família não tem paz. Não podemos nos reunir para comemorar qualquer coisa, ligar a televisão ou ouvir música que ela já chama a polícia”, desabafa.

O incidente mais recente, que levou a idosa a registrar um boletim de ocorrência por agressão, ocorreu durante os preparativos para o aniversário da nora da moradora. A idosa teria se incomodado com o barulho e acusado o filho da vizinha de ameaças de morte. A polícia foi acionada e o filho foi levado à delegacia, sendo liberado após prestar esclarecimentos.

A polêmica das câmeras de segurança é outro ponto central da discórdia. A moradora alega que os equipamentos, instalados na casa da idosa, invadem sua privacidade, capturando imagens do seu quintal. “Tem vezes que as câmeras ficam 24h por dia focada na minha casa. Me sinto no Big Brother Brasil, sendo vigiada. Ela usa essa câmera não para segurança própria, mas para focar nas casas dos outros e caçar confusão”, relata. A moradora afirma ainda que, em uma ocasião, ao pedir para a idosa ajustar a câmera, foi agredida, levando-a a revidar.

No domingo (20), a idosa registrou um boletim de ocorrência na DEPAC Centro, alegando ter sido agredida pela vizinha durante uma discussão. O boletim descreve que a vítima teria uma briga antiga com alguns vizinhos devido às suas câmeras de segurança. A idosa relatou ter sofrido socos, chutes e tapas de uma prima de um morador do bairro, resultando em lesões nas pernas e dores nas costas. Ela expressou o desejo de representar criminalmente contra a agressora. O caso foi registrado como lesão corporal dolosa e será investigado pelas autoridades.