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Brasil Adota Posturas Divergentes Sobre Interesse dos EUA em Minerais Estratégicos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva endureceu o tom em relação ao interesse dos Estados Unidos na exploração de minerais estratégicos e terras raras [...]

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva endureceu o tom em relação ao interesse dos Estados Unidos na exploração de minerais estratégicos e terras raras no Brasil. Na última quinta-feira, Lula declarou enfaticamente: “aqui ninguém põe a mão”. A afirmação surgiu um dia após uma reunião entre o encarregado de negócios da embaixada americana e representantes do setor de mineração brasileiro.

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O Brasil demonstra divergência em relação ao interesse dos EUA em minerais estratégicos, com o presidente Lula adotando uma postura de proteção da soberania nacional, enquanto o vice-presidente Alckmin sinaliza abertura para negociações e exportação. A disputa global com a China, maior detentora de terras raras, intensifica o interesse americano nas reservas brasileiras, as segundas maiores do mundo. Um possível "tarifaço" de 50% por parte dos EUA sobre produtos brasileiros preocupa o governo, impactando mais de 10 mil empresas. Senadores brasileiros planejam viagem a Washington para discutir tarifas e cooperação bilateral.

Em contraste, o vice-presidente Geraldo Alckmin sinalizou uma abordagem mais aberta, sugerindo a possibilidade de um acordo com os EUA para a exportação desses recursos.

Durante um evento público, Lula enfatizou a soberania nacional ao declarar: “Esse país é do povo brasileiro!”. Sua fala foi uma resposta direta às manifestações de interesse por parte de diplomatas americanos nos minerais considerados cruciais para o desenvolvimento de tecnologias avançadas, como carros elétricos, sistemas de energia solar e equipamentos de defesa.

Alckmin, por sua vez, confirmou ter mantido conversas telefônicas com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, ressaltando a disposição do Brasil em dialogar. O vice-presidente também expressou preocupação com a possível imposição de sobretaxas pelos EUA, argumentando que não haveria justificativa econômica para tal medida e que o governo está trabalhando para solucionar a questão.

A disputa global com a China, atualmente a maior detentora mundial de terras raras, intensifica o interesse americano nos recursos minerais brasileiros. O Brasil detém a segunda maior reserva conhecida desses materiais, o que o coloca em uma posição estratégica na busca pela transição energética e tecnológica.

A iminência de um possível “tarifaço” – uma sobretaxa de 50% que o governo americano, sob influência de figuras políticas, poderia aplicar a produtos brasileiros – adiciona complexidade ao cenário. Segundo informações, essa medida impactaria mais de 10 mil empresas no país.

Para fortalecer as negociações, um grupo de senadores brasileiros planeja uma viagem a Washington nesta semana, com o objetivo de discutir a questão das tarifas e explorar vias de cooperação bilateral.

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