Em visita a Washington na segunda-feira (07/07), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou que indicará o presidente americano Donald Trump ao Prêmio Nobel da Paz. O gesto ocorreu no primeiro encontro entre os dois líderes desde o lançamento de ataques conjuntos dos Estados Unidos e Israel contra o Irã.
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Netanyahu entregou a Trump uma carta destinada ao comitê do Nobel, formalizando a recomendação. “Ele está forjando a paz enquanto falamos, em um país, em uma região após a outra”, justificou o premiê israelense ao entregar a carta.
O anúncio acontece em um momento em que Trump pressiona Netanyahu para aceitar um cessar-fogo na guerra contra o Hamas em Gaza. Netanyahu enfrenta um mandato de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) por supostos crimes de guerra durante o conflito.
Na semana anterior, Trump havia se reunido com líderes da República Democrática do Congo e de Ruanda na Casa Branca, testemunhando a assinatura de um acordo de paz mediado por ele entre os dois países, que estavam em conflito desde 1994.
O desejo de Trump de receber o Prêmio Nobel da Paz é notório desde seu primeiro mandato (2017-2021). Apesar de ter sido nomeado em diversas ocasiões, ele nunca foi agraciado com o prêmio, ao contrário de seu antecessor, Barack Obama, que o recebeu em 2009. Trump já expressou publicamente sua frustração por essa omissão.
Analistas apontam que Trump já foi indicado ao Nobel da Paz por seus esforços na mediação dos Acordos de Abraão, tratados de normalização de relações entre Israel e Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Sudão e Marrocos, considerados um dos principais legados de política externa de seu primeiro mandato. Ele também recebeu indicações por suas tentativas de negociação com a Coreia do Norte e sua mediação para promover a normalização de laços econômicos entre Kosovo e Sérvia.