A Justiça da Argentina concedeu autorização para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visite a ex-presidente do país, Cristina Kirchner, que se encontra em prisão domiciliar. A decisão judicial foi proferida nesta quarta-feira, um dia após o pedido formal ser apresentado.
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Cristina Kirchner cumpre pena de seis anos de prisão após ser condenada por corrupção. A Suprema Corte da Argentina rejeitou os recursos da defesa em junho, determinando o início imediato do cumprimento da pena. Desde 17 de junho, ela está detida em seu apartamento, localizado no bairro de Monserrat, em Buenos Aires. A ex-presidente foi autorizada a cumprir a pena em regime domiciliar devido à sua idade, acima de 70 anos. A Justiça também permite que ela receba visitas, mediante solicitação prévia.
Lula viaja à Argentina para participar da cúpula do Mercosul, com encontros previstos para esta quarta e quinta-feira. No mês anterior, o presidente brasileiro telefonou para Cristina após a rejeição do recurso pela Suprema Corte. Na ocasião, ele manifestou apoio e a incentivou a manter-se firme durante este período.
Cristina Kirchner foi condenada por favorecer Lázaro Báez, empresário do ramo da construção civil, em um esquema de corrupção que envolveu licitações fraudulentas para obras públicas. Segundo a denúncia, Báez teria desviado parte dos recursos públicos para a ex-presidente, seu falecido marido, Néstor Kirchner, e empresas ligadas à família. O esquema teria causado um prejuízo estimado em US$ 1 bilhão aos cofres públicos. A ex-presidente nega as acusações e alega perseguição política. Além de Cristina e Báez, outras pessoas também foram condenadas no mesmo processo.
