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Brasileira Cai em Vulcão: Trilha Perigosa Acumula Mortes e Acidentes na Indonésia

Nos últimos cinco anos, a trilha do Monte Rinjani, um vulcão na Indonésia, palco do recente acidente envolvendo a turista brasileira Juliana Marins, registrou um [...]

Nos últimos cinco anos, a trilha do Monte Rinjani, um vulcão na Indonésia, palco do recente acidente envolvendo a turista brasileira Juliana Marins, registrou um número alarmante de incidentes. Dados do governo indonésio indicam que 180 acidentes e 8 mortes foram contabilizados no Parque Nacional, um popular destino turístico.

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A trilha do Monte Rinjani, na Indonésia, onde a turista brasileira Juliana Marins sofreu um acidente, registrou 180 acidentes e 8 mortes nos últimos cinco anos, com um aumento significativo de ocorrências desde 2021. O governo indonésio, em resposta ao crescente número de incidentes, busca implementar um Procedimento Operacional Padrão (POP) para busca e resgate, visando a segurança dos turistas. O aumento do turismo no Parque Nacional do Monte Rinjani, que possui uma trilha desafiadora de até quatro dias, tem agravado os impactos no ecossistema e elevado o número de acidentes, muitas vezes ligados ao descumprimento das normas de segurança. As operações de resgate de Juliana Marins continuam, e a trilha para o cume foi temporariamente fechada.

O número de ocorrências apresentou um aumento significativo nos últimos anos, quase dobrando em relação ao ano anterior. Em 2021, foram registrados 21 casos, seguidos por 33 em 2022, 31 em 2023 e um salto para 60 no ano passado. Do total de acidentados, 44 eram turistas estrangeiros e 136 eram turistas locais. As estatísticas de óbitos mostram 2 mortes em 2020, 1 em 2021, 1 em 2022, 3 em 2023 e 1 em 2024.

O Parque Nacional do Monte Rinjani tem observado um aumento constante no número de visitantes desde o período pós-pandemia. Em resposta ao crescente número de incidentes, o governo indonésio emitiu um comunicado em março, enfatizando a necessidade urgente de estabelecer um Procedimento Operacional Padrão (POP) para busca, resgate e evacuação na área de conservação. O objetivo é garantir a segurança dos turistas, organizar as equipes de resgate e minimizar os riscos.

O relatório oficial destaca que o aumento do turismo traz benefícios econômicos para a comunidade local, mas também agrava os impactos negativos no ecossistema e eleva o número de acidentes e desaparecimentos. Muitas ocorrências estão ligadas ao descumprimento das normas de segurança pelos próprios turistas, como falta de equipamentos adequados, despreparo físico, desconhecimento do terreno e desrespeito às trilhas demarcadas. Quedas e torções lideram a lista de acidentes, com 134 casos registrados.

O Monte Rinjani, com 3.726 metros de altitude, é o segundo vulcão mais alto da Indonésia, oferecendo uma das trilhas mais desafiadoras do país. O percurso, que pode levar de dois a quatro dias, envolve trechos íngremes, instabilidade climática e riscos elevados, especialmente em condições de neblina. Em 2016, cerca de 400 turistas foram evacuados da trilha devido a uma erupção vulcânica.

As operações de resgate de Juliana Marins continuam, com a equipe enfrentando o desafio de descer centenas de metros pela encosta do vulcão. O Parque Nacional anunciou o fechamento temporário da trilha para o cume, visando acelerar o trabalho de resgate.

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