Doralice da Silva, 42 anos, foi encontrada morta a facadas em sua residência na Rua dos Pereiras, Vila Juquita, Maracaju, a 159 quilômetros de Campo Grande. O crime ocorreu após uma discussão com Edemar Santos Souza, 31 anos, seu companheiro e principal suspeito do ato. Ele se apresentou à polícia e negou envolvimento no caso. Este é o 16º feminicídio registrado em Mato Grosso do Sul neste ano.
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Vizinhos relataram uma discussão acalorada entre o casal por volta das 22h30 da noite anterior. Aproximadamente meia hora depois, o silêncio tomou conta da casa e Edemar foi visto saindo pela porta da frente, empurrando uma carriola em direção ao Bairro Nenê Fernandes.
A filha da vítima encontrou Doralice caída no chão do quarto, coberta de sangue e sem vida, por volta das 23h15. A Polícia Militar foi imediatamente acionada e isolou o local, aguardando a chegada da Polícia Civil e da perícia criminal.
De acordo com o boletim de ocorrência, brigas eram frequentes entre o casal, mas Doralice nunca havia registrado queixa ou solicitado medidas protetivas contra Edemar. Investigações revelaram que a vítima possuía uma medida protetiva contra um ex-marido, mas estavam separados há mais de um ano e não mantinham contato. Edemar já havia sido alvo de medida protetiva solicitada por sua mãe, porém a decisão já havia sido extinta.
A polícia realizou buscas em endereços ligados ao suspeito, incluindo a casa dos pais e áreas de chácaras, sem sucesso. Testemunhas, como a filha da vítima, uma vizinha e a irmã de Doralice, prestaram depoimento, relatando que a vítima havia sido aconselhada a buscar ajuda, mas não o fez formalmente.
Na manhã deste sábado, por volta das 6h, Edemar se apresentou à Polícia Militar, negando ser o autor do crime. Ele alegou ter conhecimento de que estava sendo apontado como responsável e negou qualquer envolvimento.
Em seu depoimento inicial, o homem relatou que saiu com a vítima, com quem tinha um relacionamento, em direção ao mercado, utilizando uma motocicleta. Ele alegou que sofreram um pequeno acidente e decidiram retornar para casa. Lá, segundo sua versão, ocorreu uma discussão que resultou no término do relacionamento.
O suspeito afirmou ainda que, ao chegarem à residência, havia uma terceira pessoa presente, um homem desconhecido que chegou em um veículo Volkswagen Gol prata. Este indivíduo, segundo ele, o ajudou a recolher seus pertences, que foram colocados em uma carriola, antes de sua partida. Ele alegou que essa terceira pessoa permaneceu na residência com Doralice após sua saída.
Edemar informou à polícia que câmeras de segurança de vizinhos poderiam confirmar sua versão dos fatos. Após sair da casa, ele disse ter seguido pela Rua Mário Silva, Vila Juquita, em direção à Zebulândia e, posteriormente, à casa de uma tia, próxima ao Cras da Vila Margarida. A Polícia Civil segue investigando o caso.