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Herança e Ritmo: Violeiro Dedica Vida a Preservar a Catira no Estado

Há 35 anos, Girsel Lima de Assis se dedica à preservação da catira ou cateretê, uma dança tradicional que herdou de seu bisavô. Apesar de menos conhecida que o chamamé, a catira ocupa um lugar especial no coração de Girsel, que se dedica a manter [...]

Há 35 anos, Girsel Lima de Assis se dedica à preservação da catira ou cateretê, uma dança tradicional que herdou de seu bisavô. Apesar de menos conhecida que o chamamé, a catira ocupa um lugar especial no coração de Girsel, que se dedica a manter viva essa expressão cultural no Estado.

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Há 35 anos, o violeiro Girsel Lima de Assis, de Camapuã, dedica-se a preservar a catira, dança tradicional herdada de seu bisavô. Girsel, que aprendeu a tocar violão em 1986 e viola em 1990, fundou em 2009 a Associação de Catireiros de Camapuã para fortalecer a tradição e promover intercâmbios. Em parceria com Luís Goiano, ele leva a catira para festivais e escolas, buscando envolver os jovens e garantir a continuidade da dança, que já alcança milhões de visualizações online. A iniciativa visa manter viva essa expressão cultural, vista como uma mistura de danças indígena e africana.

O envolvimento de Girsel com a catira começou em 1986, quando aprendeu a tocar violão, e se intensificou em 1990, com a viola. A música era essencial para que seu bisavô, Joaquim Campeiro, seu avô, Mariano Campeiro, e seu pai, Geraldo Campeiro, pudessem dançar a catira. Embora prefira tocar, Girsel vê na música a sua forma de representar e perpetuar a cultura.

Nascido em Camapuã, o violeiro destaca a presença da catira no município, mas ressalta a necessidade de maior reconhecimento. Ele descreve a dança como uma apresentação em pares, acompanhada pelo som da viola. “A viola tá presente no sangue, o catira também, e lá ela é muito presente. Ela em si é uma mistura de dança indígena e africana”, explica Girsel. Ele frisa a importância de manter viva essa tradição.

Percebendo o declínio da catira, Girsel buscou envolver os jovens, levando os mestres catireiros às escolas. Ele uniu forças com seu parceiro Luís Goiano, com quem já divide o palco há 28 anos, para dar mais visibilidade à catira. Em 2004, foram convidados para o Festival de Inverno de Bonito e, posteriormente, para o Festival América do Sul, sempre acompanhados pelo grupo de catira.

Em 2009, Girsel fundou a Associação de Catireiros de Camapuã, com o objetivo de fortalecer a catira como uma tradição que atravessa gerações. Através da Associação, promove intercâmbios, como o realizado com Marcos e André, conhecidos como os Irmãos Diamantes, do Mato Grosso.

A Associação também promove oficinas de catira, despertando o interesse de novas gerações. “Nós já estamos aqui com algumas turmas de crianças dançando catira. E é isso, a gente pretende levar ela para o Estado”, afirma Girsel, orgulhoso do alcance que a dança tem conquistado, inclusive com vídeos de jovens catireiros alcançando milhões de visualizações.

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