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Bolsonaro, Ramagem e Carlos Bolsonaro Indiciados por Espionagem Ilegal pela Polícia Federal

A Polícia Federal (PF) concluiu a investigação sobre a suposta “Abin Paralela” e formalizou o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, do vereador Carlos Bolsonaro e do ex-diretor da Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem. O inquérito, que se estendeu por cerca de dois anos, investigou [...]

A Polícia Federal (PF) concluiu a investigação sobre a suposta “Abin Paralela” e formalizou o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, do vereador Carlos Bolsonaro e do ex-diretor da Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem. O inquérito, que se estendeu por cerca de dois anos, investigou a existência de uma estrutura dentro da utilizada para monitorar ilegalmente autoridades, jornalistas e opositores políticos durante a gestão Bolsonaro.

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A Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro, Carlos Bolsonaro e Alexandre Ramagem por espionagem ilegal através de uma "Abin Paralela" que monitorava autoridades, jornalistas e opositores. A investigação, com relatório de mais de 800 páginas entregue ao STF, aponta o uso da ferramenta de geolocalização "First Mile" para rastrear indivíduos, totalizando 60 mil acessos entre 2019 e 2023. Além dos três, mais de 30 pessoas foram indiciadas, incluindo a atual cúpula da Abin, e investiga-se uma possível obstrução do inquérito. O relatório segue para a PGR, que decidirá se oferece denúncia ao STF.

O relatório final da PF, composto por mais de 800 páginas, foi entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) e detalha o funcionamento de um sistema de espionagem dentro da Abin. A investigação aponta que a ferramenta de geolocalização “First Mile” foi utilizada para rastrear a localização de indivíduos por meio de seus telefones celulares. A investigação foi dividida em cinco fases, incluindo a operação “Última Milha”, que teve como principal alvo Alexandre Ramagem.

Além dos três, mais de 30 pessoas foram indiciadas no relatório, incluindo a atual cúpula da Abin, como o diretor-geral Luiz Fernando Corrêa e o chefe de gabinete Luiz Carlos Nobrega. A PF também investigou uma possível tentativa de obstrução do inquérito por parte dos envolvidos.

O próximo passo é o encaminhamento do relatório do STF à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se oferecerá denúncia contra os indiciados. Se a denúncia for aceita pelo STF, os envolvidos passarão a ser réus no caso.

A PF aponta para um possível “conluio” entre a atual gestão da Abin e a administração anterior para evitar a divulgação de informações sobre os monitoramentos ilegais. Em outubro de 2023, a PF deflagrou a Operação Última Milha, cujo nome faz alusão ao software “espião” FirstMile. A investigação aponta que o programa foi utilizado 60 mil vezes pela Abin entre 2019 e 2023, com um pico de acessos em 2020, ano de eleições municipais. Em janeiro de 2024, endereços ligados a Alexandre Ramagem foram alvos de busca e apreensão na Operação Vigilância Aproximada.

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