Em meio a tensões comerciais globais, a China defendeu o multilateralismo como a principal via para solucionar impasses, durante reunião do Conselho Geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Genebra nesta quarta-feira. O posicionamento chinês surge após negociações bilaterais com os Estados Unidos, consideradas um passo importante na redução de divergências.
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A delegação chinesa na OMC enfatizou que, embora negociações bilaterais possam ser úteis em certos momentos, o multilateralismo se apresenta como a escolha “inevitável e definitiva” para enfrentar os desafios que afetam o comércio global. A declaração oficial da China na OMC demonstra uma busca por estabilidade nas relações comerciais, ancorando medidas nas regras estabelecidas pela organização. O país asiático criticou tarifas unilaterais e a ameaça de “tarifas recíprocas”, comparando-as a “adicionar combustível ao fogo”.
Em abril, China e outros países foram impactados por tarifas anunciadas pelos EUA, antes de negociações em 12 de maio que visavam aliviar as tensões sobre desequilíbrios comerciais. Posteriormente, os dois países anunciaram uma trégua, com os EUA reduzindo tarifas sobre produtos chineses de 145% para 30%, e a China diminuindo suas taxas de 125% para 10%.
Por outro lado, os Estados Unidos instaram os membros da OMC a resolverem falhas nas relações comerciais, que alegam causar grandes déficits, e a reformarem o sistema da OMC. Em comunicado, a delegação americana argumentou que o sistema de comércio multilateral, na sua configuração atual, não tem conseguido lidar com os desafios enfrentados. Adicionalmente, os EUA alegam que membros da OMC não têm abordado desequilíbrios comerciais graves e políticas consideradas contrárias aos princípios da organização.
Durante a sessão, 47 membros da OMC manifestaram apoio a uma declaração proposta por Cingapura e Suíça, reiterando o compromisso com o sistema de comércio multilateral baseado em regras.
