O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou a Rússia de “tentar ganhar tempo” nas negociações de cessar-fogo, alegando que o objetivo seria prolongar a invasão em curso. A declaração foi feita nesta terça-feira (20), através de suas redes sociais.
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Em contrapartida, o governo russo se manifestou, afirmando estar pronto para continuar as negociações e avançar na elaboração de um documento que possa servir como base para um futuro acordo de paz. Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, declarou que o país está disposto a prosseguir com as conversas, transferindo a responsabilidade para Kiev quanto à cooperação na discussão de um memorando proposto por Moscou.
Zelensky, em sua declaração, enfatizou a necessidade de propostas “claras e realistas” nas negociações, reiterando a disposição da Ucrânia para um formato de negociação eficaz. Ele também alertou sobre “consequências severas” caso a Rússia continue a apresentar condições irrealistas.
As falas do presidente ucraniano surgem após conversas telefônicas separadas entre Zelensky e o presidente russo, Vladimir Putin, com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Durante a ligação com Trump, Putin abordou o memorando sobre um possível acordo de paz, expressando a disposição de seu governo em colaborar para a elaboração do documento.
Trump afirmou que as conversas com ambos os líderes foram “muito boas” e prometeu o início “imediato” de negociações para um cessar-fogo. No entanto, a promessa de finalizar a guerra em 24 horas, feita durante sua campanha, ainda não se concretizou.
As negociações diretas por cessar-fogo, iniciadas na Turquia, parecem ter perdido força. A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e, desde então, ocupa parte significativa do território ucraniano.