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PT critica Riedel por defesa de anistia

Lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT) em Mato Grosso do Sul manifestaram forte oposição à defesa do governador Eduardo Riedel (PSDB) por uma anistia ... [...]

Lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT) em Mato Grosso do Sul manifestaram forte oposição à defesa do governador Eduardo Riedel (PSDB) por uma anistia parcial aos presos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Parlamentares do partido criticaram publicamente a posição do governador, levantando a possibilidade de o PT deixar a base governista no estado.

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Lideranças do PT em Mato Grosso do Sul criticaram o governador Eduardo Riedel (PSDB) por defender uma anistia parcial aos presos dos atos de 8 de janeiro, levantando a possibilidade de deixar a base governista. Parlamentares como a deputada Gleice Jane e o ex-governador Zeca do PT expressaram forte oposição, argumentando que a anistia seria uma afronta à justiça e demonstraria uma aproximação de Riedel com a direita. Riedel defendeu a revisão das punições, considerando a gravidade de cada caso, e cobrou uma votação no Congresso Nacional para pacificação do país, enquanto o MPF denunciou 1.413 pessoas pelos atos. A deputada federal Camila Jara também criticou a defesa da anistia, afirmando que ela visa proteger generais e Jair Bolsonaro.

Reações dos Parlamentares

A deputada estadual Gleice Jane (PT), líder da bancada petista na Assembleia Legislativa, classificou a possível anistia como “uma grave afronta à justiça, à verdade e à memória histórica”, defendendo a punição dos responsáveis. Ela também reforçou a necessidade de o partido reconsiderar sua participação no governo Riedel: “Reafirmo minha posição de que o PT não pode mais compor este governo”.

O deputado estadual e ex-governador Zeca do PT também expressou seu desacordo com a posição de Riedel, argumentando que a defesa da anistia demonstra uma aproximação do governador com a direita. “Fica claro que Riedel quer anistia para o inelegível e inominável ex-presidente [Jair Bolsonaro (PL)] e esconde sua intenção falando das pessoas que foram devidamente julgadas e presas”, afirmou Zeca, ressaltando que os presos do 8 de janeiro não são “velhinhas inocentes”.

Em relação à possível saída do PT do governo, Zeca declarou: “Nós juntamos lá a pedido. Ele que nos ofereceu, reconhecendo o papel que o PT teve na eleição dele. Se não fosse apoio do PT, ele não ganhava do pior, que era o candidato do Bolsonaro. Portanto, é um reconhecimento e não temos porque abrir mão disso. Se ele quiser, ele que nos tire”. Ele enfatizou que a permanência no governo permite a defesa das pautas do partido, como a agricultura familiar e os direitos dos indígenas e quilombolas.

O deputado federal Vander Loubet (PT) também se manifestou, considerando “vergonhoso” o apoio de Riedel à anistia. “Defendemos que cada envolvido seja processado e julgado de acordo com a gravidade de seus atos. E penso que assim deve, no fundo defender o governador”, disse.

A deputada federal Camila Jara (PT) utilizou suas redes sociais para criticar a defesa da anistia, afirmando que “não é com essas pessoas que eles estão preocupados, a anistia é um escudo para proteger generais e Jair Bolsonaro. Querem aplicar impunidade com outro nome. O Brasil já errou quando anistiou torturadores”.

Defesa da Anistia por Riedel

O governador Eduardo Riedel defendeu uma anistia parcial para os réus dos atos de 8 de janeiro, com critérios que considerem a gravidade de cada caso. A declaração foi feita em uma publicação no Instagram, acompanhada de fotos com a senadora Tereza Cristina (PP) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Riedel argumentou que é necessário revisar as punições aplicadas, considerando a diferença de condutas entre os envolvidos. “Tenho conversado recentemente com o governador Tarcísio, a senadora Tereza Cristina, entre outros líderes do nosso país, a fim de defender uma revisão da dosimetria de penalizações sobre os acusados do 8 de janeiro”, escreveu.

O governador também cobrou que o Congresso Nacional vote o tema, considerando-o “um passo imprescindível para a pacificação do país”. Ele criticou o que chamou de “excessos do atual momento” e defendeu o fim dos confrontos ideológicos.

Segundo dados do Ministério Público Federal (MPF), 1.413 pessoas foram denunciadas pelos atos, incluindo incitadores, executores, agentes públicos e um financiador.

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