Escolas particulares no Peru estão sob ataque de organizações criminosas, que exigem pagamentos exorbitantes sob a ameaça de violência. A situação, que se intensificou nos últimos três anos, força instituições a fecharem as portas e impacta a vida de milhares de estudantes e suas famílias. O medo se instala nas comunidades escolares, enquanto o governo busca conter a crescente onda de criminalidade.
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O ano letivo começou sobressaltado. Em Lima, pais são escoltados por militares armados até a porta das escolas, um cenário impensável até pouco tempo atrás. Uma instituição, atacada com explosivos por se recusar a pagar a extorsão, agora simboliza a vulnerabilidade do sistema educacional peruano.
Giannina Miranda, presidente do Coletivo Educar com Liberdade, revela que cerca de 500 escolas em todo o país estão sendo extorquidas. Desse total, mais de 300 foram obrigadas a suspender as aulas presenciais, migrando para o ensino remoto como medida de segurança.
O nível de intimidação é alarmante. Uma mensagem ameaçadora, enviada a uma escola e compartilhada anonimamente com a AFP, demonstra a audácia dos criminosos: “JÁ EXPLODI SUA ESCOLA E AINDA NÃO ME DÁ UMA SOLUÇÃO”. A mensagem, acompanhada de fotos de armas, termina com uma ameaça de morte a qualquer um que se opuser.
Diante do caos, a presidente Dina Boluarte decretou estado de emergência em Lima, mobilizando o exército para auxiliar a polícia no combate à extorsão. No entanto, a medida não parece suficiente para conter a escalada da violência e a crescente insatisfação popular com o governo, que enfrenta altos índices de rejeição em meio a escândalos e protestos.
Fonte: http://g1.globo.com