A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) lançou uma campanha nacional de conscientização e uma plataforma digital para combater o crescente número de golpes financeiros aplicados por criminosos que se passam por advogados. A iniciativa, que teve início na terça-feira (29), visa alertar a população sobre os principais formatos do golpe e oferecer uma ferramenta para verificar a autenticidade dos profissionais.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Resumo rápido gerado automaticamente
A campanha, conduzida pelo Conselho Federal da OAB, destaca que os golpistas frequentemente abordam as vítimas por meio de aplicativos de mensagens e redes sociais. Para mitigar esses riscos, a OAB lançou a plataforma ConfirmADV.
Como funciona a plataforma ConfirmADV
A plataforma ConfirmADV permite que cidadãos verifiquem a identidade de advogados de forma rápida e segura. Para utilizar a ferramenta, é necessário informar o número de inscrição na OAB, o estado de registro e o e-mail fornecido pelo suposto advogado.
Caso o cidadão tenha sido vítima de uma tentativa de golpe ou já tenha efetuado um pagamento indevido, é possível realizar uma denúncia através do canal oficial da OAB.
Levantamentos recentes revelam a extensão do problema em diversas regiões do país:
- São Paulo: 1,6 mil denúncias desde 2024
- Minas Gerais: 516 denúncias
- Acre: 395 denúncias entre 2022 e 2025
- Bahia: 367 denúncias desde abril de 2023
- Rio de Janeiro: 323 denúncias
Entenda o golpe
O golpe do falso advogado geralmente começa com um contato via WhatsApp ou telefone, onde o criminoso se apresenta como advogado ou parte de um escritório contratado. O golpista informa à vítima que a causa foi ganha e solicita que ela verifique o suposto crédito no aplicativo do banco. Em seguida, o criminoso induz a vítima a realizar uma transação, seja por PIX, código de barras ou pagamento de tributo, alegando que é necessária para liberar o valor da causa.
Em alguns casos, os criminosos chegam a enviar documentos falsos, como contratos, decisões judiciais e guias de pagamento, para dar credibilidade ao golpe.
Fonte: cnnbrasil.com.br