Um jovem jogador de futebol amador, de 18 anos, teve morte cerebral, após ser baleado na cabeça, em um baile funk. O caso ocorreu na madrugada de Ano Novo (01), em Queimados, na Baixada Fluminense (RJ). A família da vítima de Kauan Galdino Florêncio Pereira informou que o crime teria sido cometido após o jovem “pisar no pé de um traficante”.
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O rapaz foi socorrido, levado a uma unidade de saúde, mas teve morte cerebral confirmada na noite dessa quinta-feira (2). “Um pisão no pé é o motivo para atirarem em um garoto sonhador?”, questionou o pai da vítima. Em entrevista à TV Globo, o motorista de aplicativo Renato Pereira afirmou que o filho passou a virada de ano com a família e decidiu ir ao baile funk, por volta das 3h da madrugada.
“… Eu ainda pedi: ‘Meu filhinho, não vai. Não vai, por favor’. Mas ele é jovem e foi. Depois, bateram lá no portão de casa dizendo que o meu filho tinha sido baleado”. A família ainda não tem todos detalhes do fato. “O que sabemos é que o bandido deu um tiro à queima-roupa no meu filho. Atirou num menino estudioso. Fizeram uma covardia com um menino que é bobão, quieto, que só tinha tamanho”, lamentou.
Renato lembrou ainda que o filho tinha outro sonho, que estava feliz porque havia recebido mensagem do Exército. Era um comunicado que o jovem serviria na Brigada de Infantaria Paraquedista. “Quando entrou 2025, ele recebeu mensagem dizendo que ele iria para um batalhão para ser paraquedista. Meu filho começou a dançar e pular de alegria. Ele tinha dois sonhos: ser jogador e paraquedista”.
De acordo com a Polícia Civil, os agentes realizam diligências para apurar a autoria do crime e também investiga se o traficante que teria atirado em Kauan foi morto por uma facção criminosa.
