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Fumaça do Vaticano: Química e Pirotecnia na Eleição Papal

O Vaticano utiliza um sistema pirotécnico avançado desde 2005 para produzir a fumaça branca ou preta que anuncia a eleição de um novo Papa. O método, que ... [...]

O Vaticano utiliza um sistema pirotécnico avançado desde 2005 para produzir a fumaça branca ou preta que anuncia a eleição de um novo Papa. O método, que emprega lactose e naftalina, substituiu a tradicional queima de palha úmida e cédulas, garantindo maior visibilidade do sinal.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

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Desde 2005, o Vaticano emprega um sistema pirotécnico desenvolvido por Massimiliano De Sanctis, da FD Group Fireworks, para sinalizar a eleição papal através da fumaça branca, produzida pela decomposição da lactose, ou preta, gerada pela queima da naftalina. O sistema moderno, que substituiu a queima de palha úmida e cédulas, utiliza fogões e cartuchos com granadas de fumaça acionados eletronicamente pelos cardeais. A tecnologia considera princípios da termodinâmica e mecânica dos fluidos para garantir a visibilidade e a cor da fumaça. A modernização foi implementada para assegurar que o sinal seja claramente visto a grandes distâncias.

A fumaça branca, indicativa de que um novo Papa foi eleito, é gerada pela decomposição térmica da lactose, um açúcar presente no leite. O aquecimento da lactose produz partículas sólidas finas que refletem a luz, resultando na coloração branca. Já a fumaça preta, que sinaliza que a votação ainda não chegou a um consenso, é produzida pela queima da naftalina, um hidrocarboneto aromático sólido que libera partículas escuras que absorvem a luz.

O Sistema Pirotécnico

O sistema, desenvolvido por Massimiliano De Sanctis, especialista em fogos de artifício da FD Group Fireworks, utiliza dois fogões conectados à mesma chaminé. Um fogão mais antigo queima as cédulas de votação, enquanto um sistema eletrônico moderno recebe cartuchos pirotécnicos com seis cápsulas interligadas. Os cardeais acionam o dispositivo eletrônico através de uma central com um botão “ligar”.

De Sanctis explicou à Reuters que o sistema garante uma mensagem clara sobre o resultado da votação: “Cada cartucho tem seis granadas conectadas em série, que liberam fumaça de forma contínua. Isso garante que a mensagem — se o papa foi eleito ou não — seja claramente entendida”.

Além da composição química, o sistema considera princípios da termodinâmica e da mecânica dos fluidos para assegurar que a fumaça suba de forma visível e mantenha sua cor durante a dispersão no ar. A diferença de densidade entre o ar aquecido e o ambiente externo impulsiona a fumaça para o alto, enquanto o tamanho e a granulometria das partículas garantem a duração do efeito visual.

A iniciativa de modernizar o sistema de sinalização foi implementada pelo Vaticano em 2005, após constatar que o método tradicional nem sempre produzia fumaça suficientemente intensa para ser vista a grandes distâncias.

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