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Família consegue exumação de idoso enterrado como indigente

Após oito meses de espera, a família de Marques Ribeiro Gomes, 66 anos, obteve autorização para exumar o corpo do idoso, que foi enterrado como indigente. A... [...]

Após oito meses de espera, a família de Marques Ribeiro Gomes, 66 anos, obteve autorização para exumar o corpo do idoso, que foi enterrado como indigente. A decisão foi tomada após uma reunião com o Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol).

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Após oito meses, a família de Marques Ribeiro Gomes, 66 anos, conseguiu autorização para exumar o corpo do idoso, enterrado como indigente, após reunião com o Imol. A família questiona o motivo do sepultamento sem seu conhecimento, alegando que o Imol não conseguiu contatá-los, versão contestada pela irmã, Aparecida Ribeiro Gomes, 48 anos. O Imol informou que a funerária forneceu informações imprecisas, e a família também questiona a necessidade de exame de DNA após identificação por digitais. Marques Ribeiro Gomes faleceu em 21 de agosto de 2024, vítima de um incêndio, e o novo sepultamento será no Cemitério Santo Amaro, em Campo Grande.

Entenda o caso

A irmã de Marques, Aparecida Ribeiro Gomes, 48 anos, informou que a exumação e o translado do corpo devem ocorrer em até 48 horas. Durante a reunião com o Imol, a família questionou o motivo do sepultamento sem seu conhecimento.

Aparecida relatou que o Imol alegou ter tentado contato com a família, mas ela contesta essa versão, afirmando que seus telefones estavam disponíveis e que a família havia procurado o instituto diversas vezes. “Eles disseram que tentaram entrar em contato e não conseguiram, mas eu falei que não aceitava essa desculpa, porque eles tinham o meu telefone e o da minha irmã. E nós tínhamos ido diversas vezes ao Imol. Poderiam ter mandado um WhatsApp”, disse Aparecida.

Segundo a família, o Imol informou que a funerária forneceu informações imprecisas, alegando erroneamente a necessidade de autorização judicial para o sepultamento tardio. A Perícia Oficial confirmou que o enterro poderia ter ocorrido até 90 dias após o óbito sem essa exigência.

A família também questiona a necessidade do exame de DNA, pois a identificação por meio das digitais já havia sido realizada dois dias após a morte. “Mais um detalhe: foi exigido um exame de DNA para o reconhecimento do corpo, mas dois dias após a morte do meu irmão ele já havia sido identificado por meio de uma digital. Mesmo assim, ninguém nos comunicou. Então, não havia necessidade de tanto gasto, tanta dor de cabeça. Eles já tinham a identificação e não nos avisaram”, completou Aparecida.

O novo sepultamento está previsto para o Cemitério Santo Amaro, em Campo Grande. “Nada que eles justifiquem vai amenizar o que aconteceu. Agora ficou para eles resolverem a exumação e o traslado em até 48 horas”, finalizou.

Em nota, a Perícia Oficial de Mato Grosso do Sul informou que a identificação do corpo foi realizada por meio de exame papiloscópico em digitais preservadas, dois dias após o exame necroscópico, feito em 22 de agosto de 2024. O termo de liberação para sepultamento foi assinado por familiares em 31 de outubro. No entanto, o corpo foi sepultado pela Secretaria de Assistência Social (SAS) em 28 de dezembro, após “diversas tentativas de contato telefônico com os familiares, todas sem sucesso”.

A Perícia Oficial informou que está auxiliando a família na realização do sepultamento no local desejado.

Marques Ribeiro Gomes faleceu após um incêndio em um imóvel onde funcionava um comércio de bebidas, no dia 21 de agosto de 2024. Ele foi encontrado carbonizado no local.

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