A Conferência dos Oceanos teve início com um alerta sobre a situação de emergência dos oceanos. O evento, que reúne cerca de 60 chefes de Estado e de governo, busca um acordo sobre políticas comuns e a arrecadação de fundos para a conservação marinha. Líderes mundiais reuniram-se para discutir ações urgentes em relação à mineração em águas profundas, resíduos plásticos e pesca predatória.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Resumo rápido gerado automaticamente
A conferência, copatrocinada pela França e Costa Rica, conta com a participação do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e seu homólogo argentino, Javier Milei. A preocupação com a exploração do fundo do mar foi um dos pontos levantados, especialmente após iniciativas que abriram caminho para a mineração em águas profundas. A expectativa é que haja uma mudança de foco, da exploração a curto prazo para a gestão a longo prazo dos recursos marinhos.
A Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA) se reunirá para discutir a regulamentação da mineração em águas profundas. Muitos países se opõem à prática, e a França busca apoio para uma moratória até que haja mais informações sobre seu impacto ambiental.
O presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu uma “mobilização” para proteger os oceanos, afirmando que o fundo do mar “não está à venda”. Ele criticou ações econômicas predatórias que alteram o fundo do mar e destroem a biodiversidade.
Lula denunciou a “ameaça do unilateralismo” sobre os oceanos e pediu ações claras da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos.
A expectativa é que as nações presentes adotem uma declaração final para maior proteção dos oceanos e que seja garantida a ratificação de um acordo que permitirá que se torne lei internacional. A entrada em vigor deste tratado é considerada crucial para atingir a meta global de proteger 30% dos oceanos até 2030. Atualmente, as áreas marinhas protegidas representam apenas 8,4% da superfície total dos oceanos.
Durante a reunião, espera-se que vários países anunciem a criação de novas áreas marinhas protegidas ou a proibição de práticas como a pesca de arrasto em algumas áreas. Um forte esquema de segurança foi implementado para o evento, que conta com a participação de cientistas, líderes empresariais e ativistas ambientais.