O setor agrícola de Mato Grosso do Sul observa com cautela o aumento nas compras de soja brasileira pela China, em meio à guerra comercial com os Estados Unidos. Embora o movimento seja visto com interesse, entidades locais preferem aguardar dados concretos para avaliar os impactos na economia do estado.
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Cautela Diante do Cenário
A compra, classificada como “excepcionalmente grande e rápida”, atingiu pelo menos 2,4 milhões de toneladas de soja brasileira no início da semana. A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) informou que qualquer análise no momento seria especulação, e que um quadro real só poderá ser analisado em maio, com os números da balança comercial de abril.
“Acho difícil falar se vai, ou não, nos prejudicar. Devemos aguardar um pouco mais para saber”, disse o presidente da Famasul, Marcelo Bertoni.
Oportunidades e Desafios
O presidente da Federação das Indústrias de MS (Fiems), Sérgio Longen, acredita que a conjuntura pode abrir portas para o estado, com setores estratégicos ganhando competitividade. “Embora essas taxas comprometam alguns setores, há oportunidades que podem ser construídas com essa sobretaxa americana sobre os produtos chineses”, declarou Longen.
O Brasil já lidera as exportações de soja para a China, seguido pelos Estados Unidos. Dados do governo federal indicam um aumento significativo nas exportações brasileiras de soja, com 10,25 milhões de toneladas exportadas até 21 de março, um aumento de 59,5% em relação a fevereiro.
O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, reconheceu o “chacoalhão global” no comércio internacional, afirmando que “algumas cadeias produtivas vão ser afetadas, e com certeza vão surgir grandes oportunidades para outras áreas da economia”.
Fonte: campograndenews.com.br