A Prefeitura de Campo Grande anunciou neste sábado (26) um decreto de emergência com validade de 90 dias e a liberação da vacina contra a gripe para toda a população, exceto crianças menores de seis meses. As medidas visam mitigar a crise na saúde municipal, agravada pelo aumento de síndromes respiratórias e outras doenças sazonais.
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Medidas Adotadas
O decreto de emergência permitirá ao município realizar compras diretas e alocar mais recursos para áreas consideradas urgentes. A secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, destacou a preocupação com o aumento de casos graves em crianças: “Entre as crianças, isso está sendo realmente considerado uma das grandes preocupações nossas, da nossa prefeita. Nós já temos mais de 70 óbitos por síndrome respiratória grave desde janeiro até agora, mas nos últimos meses nós tivemos óbitos de quatro crianças, crianças abaixo de quatro anos, tivemos óbitos de mais duas crianças”.
Além da vacinação ampliada e do decreto de emergência, outras medidas foram anunciadas:
Criação de um plano de contingência de atendimento pediátrico, com o PAI do CRS como referência para casos graves e as UPAs Coronel Antonino destinadas ao atendimento pediátrico 24 horas.
Reforço de pessoal, materiais e medicamentos, além da reestruturação física das unidades de saúde.
Parceria técnica e financeira com a Secretaria de Estado de Saúde e o Ministério da Saúde.
Parceria com a sociedade e a imprensa para divulgar informações relevantes.
Intensificação da comunicação com a população sobre medidas de prevenção e tratamento.
A prefeita Adriane Lopes (PP), a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, a vice-prefeita Camilla Nascimento e os vereadores Silvio Pitu (PSDB), Maicon Nogueira (PP), Veterinário Francisco (União) e Wilson Lands (Avante) participaram da reunião onde as medidas foram apresentadas.
Alerta Epidemiológico
A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) avalia que Campo Grande está no nível um na escala de alerta epidemiológico, que possui quatro níveis. Este cenário indica:
Aumento de casos de doenças respiratórias.
Tendência de alto risco de aumento da circulação de vírus nas próximas semanas.
Aumento do tempo de permanência nos leitos hospitalares.
Ocupação de leitos acima de 100%, com pacientes em corredores.
Dificuldade em aumentar a quantidade de leitos pediátricos na rede pública e privada.
Predomínio de casos de Influenza A e VSR (vírus sincicial respiratório).
Diante da situação, a recomendação é redobrar os cuidados com bebês, evitando aglomerações e visitas, devido à fragilidade do sistema imunológico nessa faixa etária.
Fonte: campograndenews.com.br