A colheita do café conilon no Espírito Santo, maior produtor nacional, começou esta semana com grande otimismo entre os produtores. A expectativa de uma safra recorde, combinada com os preços elevados do grão, injeta ânimo no setor.
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Edson Costalonga Filho, produtor rural em Fundão, relata que, apesar de perdas significativas nos últimos anos devido às altas temperaturas, a expectativa para esta safra é bem melhor. Ele destaca o clima favorável, com chuvas abundantes desde a florada, como um fator determinante para a melhora na produção.
Em 2023, a saca do café conilon atingiu um valor histórico, ultrapassando R$ 2 mil. Atualmente, a saca de 60 quilos está sendo vendida por cerca de R$ 1.500, um preço ainda considerado bastante atrativo.
O secretário de Agricultura do Espírito Santo, Enio Bergoli, enfatiza a importância de reinvestir a arrecadação extra na modernização das lavouras, visando aumentar a produtividade nos próximos anos. Ele sugere a renovação das plantações com novas tecnologias, a reforma dos sistemas de irrigação para torná-los mais eficientes e econômicos no uso de água e energia.
O Brasil ocupa a posição de segundo maior exportador de café conilon do mundo, sendo o Espírito Santo responsável por 70% das exportações nacionais. Apesar da taxação global sobre produtos importados anunciada pelos Estados Unidos, o Brasil e o Espírito Santo ganharam mais espaço no mercado, uma vez que outros países produtores de conilon foram taxados de forma mais severa. Isso atraiu novos clientes, incluindo compradores da Indonésia e Espanha, que visitaram as lavouras capixabas.