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Brasil: Maior Diversidade Genética do Mundo Revela Raízes Siberianas

Um amplo estudo genético publicado na revista Science lança luz sobre as migrações humanas primordiais da Sibéria russa até a extremidade da América do Sul. A pesquisa, focada em populações tradicionais, analisou 100.000 genomas e identificou os inuits (esquimós) do extremo oriente da Rússia como [...]

Um amplo estudo genético publicado na revista Science lança luz sobre as migrações humanas primordiais da Sibéria russa até a extremidade da América do Sul. A pesquisa, focada em populações tradicionais, analisou 100.000 genomas e identificou os inuits (esquimós) do extremo oriente da Rússia como os parentes geneticamente mais próximos dos povos nativos das Américas.

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Um estudo genético publicado na Science, liderado pela Universidade Tecnológica Nanyang, revela que os inuits da Rússia são os parentes genéticos mais próximos dos povos nativos americanos e identifica quatro linhagens principais na América do Sul: andinos, pantaneiros/chaco, amazônicos e patagônicos. A pesquisa, que analisou 100.000 genomas, contesta a origem amazônica dos povos guaranis e aponta um declínio populacional de até 80% em alguns grupos sul-americanos nos últimos 10.000 anos. Outro estudo, com 2.700 brasileiros, demonstra que o Brasil possui uma das maiores diversidades genéticas do mundo, resultado do cruzamento entre europeus, africanos e indígenas, identificando quase nove milhões de variantes genéticas inéditas e 35 mil mutações de origem africana e indígena. A pesquisa ainda demonstra que os “palio-indigenas” foram as verdadeiras primeiras populações da América do Sul que foram exterminadas pelos indígenas que vieram a seguir.

O estudo, parte do “Consórcio Genome Ásia 100K”, liderado pela Universidade Tecnológica Nanyang em Singapura, investiga as origens dos primeiros habitantes da América do Sul, delineando quatro grandes linhagens: andinos, habitantes das terras altas da cordilheira; povos do Pantanal (Chaco), estabelecidos nas planícies; amazônicos, que povoaram as selvas; e patagônicos, que alcançaram o extremo sul do continente.

Uma das descobertas contesta a teoria da migração amazônica para o Pantanal-Chaco como origem dos povos guaranis. A pesquisa aponta para um declínio populacional significativo, de até 80% em alguns casos, entre esses grupos sul-americanos nos últimos 10.000 anos, com uma redução de 49% especificamente na região do Chaco-Pantanal. A pesquisa ainda demonstra que os “palio-indigenas” foram as verdadeiras primeiras populações da América do Sul que foram exterminadas pelos indígenas que vieram a seguir.

Simultaneamente, outro estudo genético, analisando o genoma de 2.700 brasileiros, revelou que o Brasil possui uma das maiores diversidades genéticas do planeta. A história do país, marcada pela chegada de milhões de europeus e africanos escravizados após o século XVI, em um território habitado por uma população indígena diversa, contribuiu para essa riqueza genética.

A pesquisa confirmou o intenso cruzamento entre homens europeus e mulheres indígenas e africanas no passado, contrastando com a maior diversificação dos casais atuais. A análise identificou quase nove milhões de variantes genéticas inéditas, algumas com possíveis implicações para a saúde, relacionadas à fertilidade, metabolismo e sistema imunológico. Adicionalmente, foram detectadas 35 mil mutações originárias de africanos e indígenas que podem estar associadas a diversas enfermidades.

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